19 março, 2010

Gafe marombada

O texto a seguir tem pouco mais de 6 anos, mas cabe certinho na época atual, primeiro por eu continuar uma sequelada sem noção e que não segura a língua e depois por ser um dos personagens citados o Marcelo Dourado, na época participando do BBB4 e agora re-participando da edição de número 10. Aposto que maridão - na época namoradão - não lembra mais da história. Bom pra relembrar, então!

"Sou PHD em dar foras e ficar com cara de "concha" na frente de desconhecidos.
Semana passada, estava no trabalho quando ouvi uma gritaria vinda da rua. Era a filha adolescente brigando aos tapas e aos berros com o pai. Olhei pela janela, sacudi a cabeça e exclamei:

- "Adolescente é tudo meio besta mesmo".

Mal terminei de proferir a asneira do século e ouvi nossa auxiliar da redação dizer:

- "Poxa! Obrigada", com cara meio de desdém.

Em vão, tentei consertar:

- "Ahhh! Mas quantos anos você tem?! 14?"

- "Vou fazer 15!".

Saí da sala e recorri ao café expresso e forte pra ver se matava a vergonha. Não adiantou. A menina olha meio torto pra mim até hoje.

Não, não tenho nada contra adolescentes, mas já passei por essa fase e realmente me sito meio besta por ter tomado certas atitudes próprias da idade da chatice, solidão e espinhas na cara.

Bom, mas isso não vem ao caso. É apenas uma pequena amostra da minha capacidade de dizer o que quero e ser mal sucedida nisso.

A pior de todas as gafes aconteceu há um ano. Sim, foi pior do que da vez que disse que odiava molho vermelho e minha sogra tinha preparado um delicioso spaguetti a bolognesa com bastante tomate.

Tenho um namorado fanático por lipídios, protídios e toda aquela tralha consumida por ratos de academia que querem ficar marombadinhos. Não que ele seja marombadinho, mas adora aquelas fórmulas mágicas que prometem queimar calorias mais rápido.

Eu, gordinha, sou a mais perdida dentro dessas lojas, e quando ele me arrasta para a sua predileta, numa galeria do centro da cidade, só me resta rir de mim mesma e tantar manter o bom humor.

Ás vezes essa fórmula só funciona algum tempo depois, pois foi tentando manter o bom humor que hoje eu rio de mim mesma.

Enquanto ele fuçava nas "cápsulas milagrosas", eu me deparei com um baldinho estampado com a figura de um homem extremamente forte, pagando de gatinho numa cueca vermelha pequeniníssima e uma cabeça desproporcional ao tamanho do corpo.

Não resisti:

- "Re?! Tomar esse negócio faz a cabeça diminuir?! hahahahaha"

Ainda rindo, virei para o lado e vi um sujeito exatamente igual ao da foto - com a diferença de estar vestido mais adequadamente - segurando um baldinho igual ao que me chamou a atenção, me repreendendo com o olhar.

Terminei minha risada sarcástica num riso amarelo e me encolhi ao lado do Re, que estava do outro lado da loja gargalhando.

Resolvi me conter nos comentário e deixar apenas minha mente doentia trabalhar. Mais uma vez não me contive, mas me certifiquei pra ver se não havia ninguém perto:

- "Mas Re, se você tomar isso e ficar igual ao Marcelo Dourado do BBB4 eu te largo. O cara tem mais músculo que cérebro, senão não cortava o cabelo daquele jeito".

Notei que o Renato ria novamente, mas não entendi porque. Só percebi quando olhei na direção do caixa e vi o clone - de cara, bíceps e cabelo - do Brother Dourado sorrindo, e levando o comentário na esportiva.

Pô... dois foras em menos de 10 minutos é um recorde. Resolvi sair da loja e esperar meu bem amado emburrada mesmo, do lado de fora. Esse lance de manter o bom humor pode virar uma arma contra mim mesma.
 
A partir desse dia resolvi que serei muda em locais públicos. Muda e mau humorada... assim não deixo meus pensamentos influenciarem meu convívio social!"

2 comentários:

Tabata Pitol disse...

Amiga, vc pode até tentar, mas nunca vai conseguir superar os foras dados pelo Ademar, hahahahahhahah bjs

Renato Navarro disse...

Nossa... Diretamente do Túnel do Tempoooo...
Obviamente que eu não lembrava da história...