27 fevereiro, 2007

Sobre como seria bom ter memória

Li numa crônica do Arnaldo Jabor a descrição de um diálogo entre o autor, ainda menino, e seu avô, a quem ele atribui o título de o "autêntico malandro carioca".

Na década de 60, com o golpe militar, a família de Jabor era militarista, enquanto o velho avô ia ás urnas votar em Getúlio; alegando que "ele gosta do povo e eu sou povo".

"Eu sou povo também?", perguntou o neto.

"Você não, você tem velocípede..."

O que afirmo a seguir não está expresso no texto, mas o menino Jabor não deve ter associado naquela época o fato de ter um brinquedo popular a ser muito jovem para discuir assuntos políticos, mas recordou a frase, anos depois, com um sentido totalmente firmado em sua cabeça.

São essas coisas que me fazem chatear por ser uma pessoa com déficit de atenção: não lembrar das frases sem sentido que me disseram na infância para que as possa julgar hoje.

HUNF!

Um comentário:

Renato Navarro disse...

vixi... eu nem falo nada... mal lembro qual é o texto na qual estou postando...

:)