04 abril, 2007

Apocalipse

O mundo quase acabou ontem. "Era para acabar", revelaram alguns apocalípticos, mas parece que houve uma falha no sistema e só "quase acabou".

Estava feliz no trabalho (mentira, ninguém fica FELIZ no trabalho, então estava apenas no trabalho) e por volta das 16h a tarde virou noite e choveu torrencialmente na cidade, com mais de 200 raios castigando fiações elétricas. Além disso, o "tufão de nível 1" - de acordo com metereologistas - arrancou telhados, mais de 50 árvores que voaram sobre carros e casas, deixou desabrigados, arremessou uma escada de entrada de aviões para o meio da avenida e deixou cerca de 8 bairros sem luz até às 22h. A região do aeroporto ainda não teve a rede de energia elétrica reestabelecida na manhã de quarta-feira.

Foi o caos, minha gente. Em qualquer esquina das adjacências da Av. dos Bandeirantes tinha carro boiando e galhos voando, gente correndo da chuva ou tentando fugir dos alagamentos. O Aeroporto fechou para decolagens e os poucos guardinhas da CET que tentavam controlar a mazorca do trânsito quase eram atropelados por motoristas ensandecidos.

Enquanto isso, numa galáxia muuuito distante o Alemão vencia a sétima edição do Big Brother Brasil com 91% dos votos, um milhão no bolso e beijos apaixonados da loirinha feia que conheceu durante o confinamento.

E a capa do Uol tinha mais alusões ao louro sarado que às vítimas dos míseros 10 minutos de chuva e vento forte que assolaram minha cidade e a região onde moro e trabalho.

Panis at circenses!!!

05 março, 2007

Como pode???

Estou de dieta (é, dieta!). Odeio regimes e afins, mas segundo minha médica eu estou obesa (é, obesa!) e preciso perder 20 quilos (é, 20!). Então, além do remedinho que não faz milagres, mas dá uma força nessa etapa maldita, comecei a caçar receitas light (é, light!) porém diferentes e saborosas para não ficar só na bolacha água e sal e suco de soja.
Achei algumas e no final de semana resolvi experimentar a deliciosa torda de espinafre com queijo cotagge, que levata também queijo branco e nenhuma farinha. Olha que máximo.
Aí limpei toda a cozinha e até tirei o escorredor da pia. Piquei, cortei, refoguei, montei, assei e... ficou uma droga. HUNF. Na verdade não é nada mais que um omeletão assado. Teria dado menos trabalho se a receita dissesse: "pegue os ingredientes e faça um omeletão". No mínimo eu não teria feito, porque eu queria torta e não omelete. HUNF de novo.
Bom, mas nem tudo estava perdido nessa vida, porque ainda havia a sobremesa. A granita de grapefruit parecia perfeita, impossível de errar e deliciosa. Consistia em ferver água e açúcar culinário, misturar à suco de grapefruit e congeler. O único trabalho era ir ao freezer de hora em hora dar umas garfadas no geladinho para ficar tipo uma raspadinha.
Simples, né? E ainda assim ficou uma CACA. Como pode??? Como EU posso???
Mas essa foi culpa minha e entendi o que deu errado: tudo. Ao invés de açúcar culinário, eu abri todos os pacotinhos de adoçante que havia em casa e completei com açúcar comum. Ao invés de suco de grapefruit, coloquei suco de soja, de laranja e, adivinhem? Esqueci, óbvio, de checar a granita de hora em hora na geladeira. Sou mesmo uma anta, não?
Esse negócio de dieta tá acabando comigo. Não consigo mais pensar racionalmente e fazer substituições corretas. Afinal, que tipo de estúpido coloca pacotinhos de adoçante no lugar do Tal & Qual, por exemplo? Tô achando que vou ficar é gorda mesmo!
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Para quem ficou curioso segue a receita da granita, porque a da torta eu até perdi!

27 fevereiro, 2007

No trem

Costumava usar o trem em horários em que os vagões estavam mais tranquilos, menos cheios de "sovacos fedidos" e, consequentemente, vez ou outra conseguia um lugarzinho pra sentar.

Uma vez estava sentada no corredorzão do vagão, bem na frente de três mulheres enquanto fingia ler um livro.

Aliás, o livro poderia estar de cabeça pra baixo que eu nem notaria tamanho era o interesse no assunto das três.

Pra variar, a conversa se resumia a médico, doenças, gente moribunda e coisas do gênero.

"Eu não confio em médico. Estou com dor no braço há três semanas e não vou ao médico"

"Ai, mas o médico estudou pra ajudar você a curar", retrucou a amiga.


"Meu médico é Deus", continuou a primeira. "Se Ele quiser que eu me cure, eu vou curar. Se não, vou morrer."

"Por causa de uma dor no braço? Qué isso!"

Aí a terceira mulher, até então só olhando a paisagem da linha do trem, resolveu se meter: "Vitinho fez um festão ontem lá em casa"

"Só Deus pode me curar", voltou a falar a sem fé nos médicos.

"Minha irmã teve dor no braço uma vez e não era nada", soltou a segunda a entrar na conversa.

A partir daí, as três doidas começaram uma série de frases soltas que só completavam o que a mesma dizia anteriormente, ou seja, três monólogos distintos, como se houvesse mais três pessoas conversando com elas separadamente.


"Ai, tinha refrigerante, bolo e até churrasco, menina!"

"Eu já pedi pra Deus me curar. Tenho muita fé Nele!"

"Eu também tenho uma marquinha aqui no braço que ás vezes dói, mas eu vou no médico"

"Ói, você tinha que ver. Tinha tanta gente, tanta vizinha!"

"Deus é meu médico"

"..."

"Que Deus é teu médico o quê! Tem que ir no hospital pro dotô examiná. Deus ajuda a curar, mas tem que ir."
Repentinamente a mulher da festança entrou no assunto da primeira mulher.

"Ah é? Se tivessem tirado tua filha no hospital como tiraram a minha, você também não ia acreditar em médicos!"


Silêncio...

Ai gente, chama o Ratinho! Que é isso??? A essa altura já tinha largado o livro e estava quase sentada ao lado delas acompanhando o drama da vida real.

E a mulher continua, quase chorando: "Eu tenho certeza que minha filha está no Japão. Ela nasceu, eu segurei ela, amamentei e quando era pra dar a segunda mamada, a méidca japonesa veio me dizer que minha filha tinha morrido e já tinha enterrado, por isso eu não podia mais vê-la"

O assunto dela realmente ganhou a atenção das outras, que até pararam seus monólogos para ouví-la, mas jamais conversar, comentar sobre.

"Eu procurei a menina durante treze anos e aí entendi que não tinha mais jeito. Perdi ela. Por isso acho que médico é tudo uma cambada de piiiiii..."

Nesse momento o condutor avisa com voz sexy: "Estação Brás".

"Você vai nessa?", pergunta uma delas.

"Vou sim", responde uma outra, e saem as três se espremendo na plataforma, quando ouço meio de longe:

"Mas menina, tinha tanta comida ontem..."

Não sei o que é pior: a falta de solidariedade das possíveis companheiras ou a incapacidade de se comunicar! Tsc tsc...

Sobre como seria bom ter memória

Li numa crônica do Arnaldo Jabor a descrição de um diálogo entre o autor, ainda menino, e seu avô, a quem ele atribui o título de o "autêntico malandro carioca".

Na década de 60, com o golpe militar, a família de Jabor era militarista, enquanto o velho avô ia ás urnas votar em Getúlio; alegando que "ele gosta do povo e eu sou povo".

"Eu sou povo também?", perguntou o neto.

"Você não, você tem velocípede..."

O que afirmo a seguir não está expresso no texto, mas o menino Jabor não deve ter associado naquela época o fato de ter um brinquedo popular a ser muito jovem para discuir assuntos políticos, mas recordou a frase, anos depois, com um sentido totalmente firmado em sua cabeça.

São essas coisas que me fazem chatear por ser uma pessoa com déficit de atenção: não lembrar das frases sem sentido que me disseram na infância para que as possa julgar hoje.

HUNF!

08 fevereiro, 2007

No busão

Ai ai... andar de "buzun" é um saco, mas esse tipo de coisa faz os dois reais pagos na passagem compessarem o stress.

Havia três gerações de mulheres conversando, cuja mais nova devia ter uns 20 anos. Dito isso, idealize a mais velha - não tão velha assim - a quem se refere este relato.

"Fui na médica semana passada", dizia ela voltada para o banco de trás, onde encontrava-se as outras duas. Dizia em alto e bom tom, portanto, não sou eu a fuxiqueira e sim ela, a escandalosa. Dizia com um sotaque meio nordestino, com uma sonoridade meio sem os dentes da frente e uma delicadeza meio vinda da garganta.

"E o que ela disse?", perguntou a mais nova.

"Ahh! Disse que meu coração aumentou de tamanho por causa da pressão!"

"Ohhhnnn!", assustaram-se.

"Tsc tsc...", completou a velha senhora abanando o indicado de um lado para o outro, em sinal negativo e fazendo cara de fuinha*. "É mentira. Meu coração é grande por que eu sou mãe".

O resto eu não sei. Tive de mudar de lugar pra não ouvir tamanha babuinisse
**.
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* sabe quando a pessoa aperta os lábios num semi-bico, e levanta apenas um dos lados, tapando assim, a respectiva narina? Então... cara de fuinha.

** o ser é tão primitivo que pode ser comparada a um babuído, logo, faz babuinisses. E não importa o quanto digam que macaco é parecido com a gente. Macaco é bicho e ponto. É primitivo e ponto final!

29 janeiro, 2007

Feriado Chuva e Cineminha

Tem umas coisas que só acontecem comigo, não é possível. Passei um ano inteiro indo ao cinema pingado, assistindo a filmes apenas na TV e sem comer a deliciosa pipoca com litros de manteiga derretida. Então uma das resoluções de ano novo era "ir mais ao cinema". E estou levando à sério isso! No feriado do dia 25 fui ao Kinoplex do Itaim pagar um milhão de reais no ingresso para assistir "Babel", do diretor mexicano Alejandro González-Iñárritu - aquele de "21 gramas" que eu A-DO-REI e Renato DOR-MIU... Cretino!

Enfim... pegamos aquela sessão das 11 e pouco da noite, sem molecada e totalmente tranquila. Parecia o plano perfeito não fosse o projetor dar pau antes mesmo de iniciar o filme - se bem que, se eu tivesse visto um tequinho e não pudesse continuar ficaria mais brava ainda.

Aí entrou o gerente da budega e explica que nós, pobres azarados, poderíamos assistir o filme da sala da frente, "Déjà Vu", ou poderíamor trocar nossos ingressos para voltar outro dia. maridão e eu optamos por voltar ao cinema outro dia e levar conosco o balde de pipoca que já háviamos comprado, então descemos até a bilheteria e, como desgraça pouca é bobagem (ai que exageroooo), estava uma chuva torrencial (sem exagero).

Eu, de sandalinha rasteira, já apertei o braço do Renato como se ao ver toda aquela água fosse tomada por pânico repentino e disse: "Ok, "Déjà Vu", e subimos novamente a escadinha para a sala, sorrimos amarelo pro menininho da porta e entramos.

Ô óidio... antes tivesse me molhado para chegar ao carro, mas com a oportunidade de voltar ao cinema do que visto o raio do filme com Denzel Washington, que é ótimo e eu o adoro como bad boy em "Dia de Treinamento", entre outros Blockbusters.

O filme é maluco. Não maluco maluco, porque eu gosto de filmes malucos, mas é irreal demais para uma película de ação. Sabe aquele filme que tem uma ótima sinopse mas parece que não evolui? Então... déjà vu. Ele se explica, te desperta o interesse e se contradiz. Tudo isso em duas horinhas. Pouco tempo e muita viagem.

Para mim, o filme MUITO BOM tem que ser inteligente, emocionante, me fazer pensar em algo e me surpreender. Renato gostou. Ficou o tempo todo tenso e isso para ele já basta. Aliás, filme bom para ele tem que: 1- mantê-lo acordado, 2- ter cenas de ação e perseguição e/ou 3- fazê-lo dar algumas risadas. E os três fatores nem precisam estar juntos. Se ele fosse jurado do Oscar talvez os prêmios fossem mais justos! hahaha.

23 janeiro, 2007

Tempestade ou Ventania?

Hoje me peguei pensando numa coisa crucial para minha existência, acerca de Tempestade e Ventania. Não os fenômenos naturais, mas a personagem de Halle Berry na trilogia "X-Man".

Não queria procurar no Google, e sim na minha memória - que é podre e isso não dá pra esconder - porque eu assisti o filme este final de semana. E DUBLADO (urgh). Então eu tinha a obrigação moral (e física) de lembrar.

Moral e física me lembra a matéria que tive na sexta série, com a professora Valdiva, que usava tamancos brilhantes e meias de algodão coloridas por cima de calça fusô. A matéria era Moral e Cívica, mas é parecido, anyway.

Depois de horas de duelo entre Tico e Teco, me lembrei que é Tempestade o nome da personagem, enquanto Ventania é o Cavalo alado da She-Ha.

Quantas peças nosso cérebro nos prega, não é mesmo?!

19 janeiro, 2007

Sobre xixis e divagações

Desde que nos casamos Renato e eu temos cachorro. A primeira foi a Fiona, a poodle doida devoradora de meias que por uma fatalidade foi para o céu dos dogs antes de completar um ano. Tomados por uma tristeza que não tinha fim, pegamos a Belka, outra poodle, só que não doida, chorona. Bom, agora ela é doida, mas antes só chorava, enfim... Aí inventamos de pegar a Kalua, a schnauzer reinventada (sim, comprei como schanauzer, mas é uma boa vira-latas lindaaaa). Esta SIM maluca. Pula igual sapo, cai no chão, levanta, pula mais, se joga, lambe nossa boca e destrói o que vê pela frente.

Todas sofriam ou sofrem do mesmo mal: o de não acertar sempre o local de fazer xixi. Sendo assim, ao invés do jornal, tem xixi na sala, no banheiro - no chão, devo deixar claro - no quarto, no sofá... Enfim, em tudo menos onde realmente deveria ser feito.

Já compramos livros de adestramento e pedimos mil dicas em fóruns e para o veterinário, porém não há o que faça aquelas duas peludas entenderem que chão sem jornal não é banheiro.

Aí outro dia deitamos na cama para dormir. Renato tinha uma cachorra envolta num braço e eu no outro. A Kalua estava na caminha que eu fiz e ela comeu e eu reformei, que fica ao lado da cama. Aí o belo começa a divagar: "sabe, nós temos dois grandes nichos nas mãos que nos deixariam milionários". Antes que eu perguntasse qual ele jogou a Belka no chão e se virou para mim, fazendo eu quase rolar pra fora da cama também, mas não se importou. Fechou a mão como se segurasse apertado o tal nicho e disse, seguro: "Primeiro a gente se inscreve no "Américan Inventor" com um produto revolucionário para cães, impossíveis de serem destruídos. A Kalua - aquela que destrói tudo, lembram - será nosso controle de qualidade". A teoria dele é que se ela não arregaça o brinquedo, ninguém mais o faz, porque nem sequer os mais fortes mimos para pets escaparam daquela draga.

Aí eu, atônita, olhando para a cara dele de inventor alucinado, ainda me recuperando do quase tombo digo: "E o que você supõe que inventemos? Uma bola de chumbo que além do cão não destroçar ainda fica com os dentes pela metade?" Se bem que a idéia não me parece tão absurda agora, falando assim... hehehe... Mas enfim, era para parecer absurdo, porém Renato diz, entusiasmadíssimo: "ÉÉÉ... daí a gente inventa uma linha para cachorro banguela, que tal?"

"Renato, vai dormir que amanhã a gente levanta cedo!"

"Não, não... péra! Não disse qual o segundo nicho que atenderemos. Você que gosta de escrever TEM que escrever um livro sobre "Como educar seu cão a não fazer xixi no tapete".

"Como assim, TENHO? Não consegui sequer ensinar as minhas a não deixarem meus tapetes fedendo."

"Nãããããããooo. É assim, você vende um livro lacrado, gordo, com uma capa bem chamativa. Duvido que as pessoas passarão na frente da Nobel e não vão comprar, porque todo mundo tem dog que mija nos tapetes."

"Ah é??? E o que vc sugere que eu escreva?"

"Escreve assim, em duas páginas, com letras grandes", e abre as mãos como se vislumbrasse um título:

"TIRE TODOS OS TAPETES DE CASA E DELEITE-SE COM UMA VIDA SEM XIXI NO TAPETE. FIM"

"RENATO VAI DORMIIIR", Hunf!

16 janeiro, 2007

Diamante de Sangue

Renato ainda não aprendeu que não deve levar a esposa na TPM para assistir filmes onde um grupo de revolucionários invade uma pequena aldeia, munido de um exército infantil que violenta e mata quem estiver na frente, mas enfim, fomos nós domingo pegar uma matinee, depois de um longo período de abstinência cinematográfica, e foi assim que teve início o filme "Diamante de Sangue", do diretor Edward Zwick - de "Lendas da Paixão" e "O Último Samurai".

A trama conta a história do mercenário e ex-combatente do exército Danny Archer (Leonardo Di Caprio), que encontra num prisioneiro das forças rebeldes de Serra Leoa a sua chance de sair de vez do continente africano, e deixar para trás uma vida de sangue e lutas.

O ator Djimon Hounson, que fez pontas em "Gladiador" e "A Ilha" e está na versão moderna de Caverna do Dragão "Eragon" faz Solomon Vandy, um pescador que vive na aldeia atacada no início do filme e é separado de sua família e levado para trabalhar nas minas de diamantes, que são contrabandeados para a Libéria e vendidos à grandes empresas joalheiras.

A história do filme é realmente emocionante e aborda de uma forma suave o caminhar das pessoas pela linha tênue entre valores e sobrevivência, ao mesmo tempo que ressalta a importância da fé e coragem para alcançar seus objetivos e, literalmente, as pessoas que ama.

Deixei a sala do cinema aos prantos, com meu senso de justiça aguçado e prometi a mim mesmo que NUNCA MAIS comprarei diamantes... HO HO HO...

Em tempo: Leonardo Di Caprio recebeu indicação ao Globo de Ouro de melhor ator dramático por este filme. Não ganhou, é fato, mas acho que a indicação deveria ir mesmo para Hounson, que rouba algumas cenas do filme.

15 janeiro, 2007

Programa de domingo

Domingo é sempre meio parecido. A gente levanta tarde, ainda meio com preguiça e sai da cama devagar, sonolento. Faz folia com a cachorrada e depois de um super café da manhã, bora bater perna.
Ontem fizemos diferente: ao invés de café em casa, optamos por dar um pulo no shopping pra experimentar o novíssimo Starbucks, recém inaugurado no Brasil, com uma única lojinha.
Eu, doida por café, já estava de olho gordo nesta há um tempinho, e ontem, quando deu certo de irmos, criei milhões de expectativas sobre o melhor café do mundo (sic) e já sabia que pediria café quente, pra vir naquele mega copo com furinho na tampa, igual os americanos se entopem nas séries televisivas! HOHOHO.
Ai fui lá, né?! Pra começar pegamos uma fila imensa, porque, segundo uma madame bolha que passou por mim com um copo da cafeteria, "essa caipirada não pode ver novidade". Só um adendo: caipirada é a puta que lhe pariu. Ahã... enfim... A fila! Maior chato pegar fila, mas tudo bem. Deu tempo pra ir estudando o cadápio e decidir que eu queria um "Breve mocha tall" ou seja, um mocachino com creme de leite pequeno. Quentinho... Uhuuu!
Fui ensaiando mentalmente na fila, pra chegar lá e fazer bonito, como se seeeeeempre frequentasse a rede. Então a caixa me pergunta: "Pois não". E eu, rápida: "Me vê um breve mocha tall". E a mocinha: "COMO"??? Ah, meu... vai se ferrar. Estragou toda a magia do meu momento. Ok, descobri que tá lá escrito no cardápio - que deve ser apenas a tradução do norte-americano - mas não existe a categoria "breve" no Brasil. Micoooo!
Então sentamos nós em uma das disputadíssimas mesinhas e, não fosse eu bater a mão no meu copo e derrubar "mocha" nas pessoas da fila, não teria me divertido muito com este passeio, porque, sinceramente, ainda prefiro Frans Café, viu?!
Me desculpe, glamuroso Starbucks brasileiro. Vocês podem colher os grãos mais lindos do mundo, moer com toda dedicação e vender um mísero café com leite por R$ 5,50, mas os três pingos da deliciosa bebida colocados no meu leite desnatado e sem graça me decepcionaram a ponde de optar pelo bom e velho Frans semana que vem. HUNF!