28 agosto, 2010

Sozinha sim, solitária nunca mais!

Da série: "Querido Diário"

Esta semana finalmente me mudei. Na quarta-feira já estava na casa nova de mala, cuia e cachorras – que ainda insistem em fazer xixi no lugar errado, HUNF! Mas o que importa é que, depois de dois meses na casa da minha mãe consegui trazer tudo o que restava e organizar a  maloca que eu havia criado.

Na quinta-feira recebi minha primeira visita. A Michele, minha ex-assistente e atual amiga veio buscar alguns produtos e aproveitou pra tomar um café – era só isso mesmo que eu tinha pra oferecer - e bater papo. Infelizmente ela me pegou num dia ruim, em que estava me sentindo sozinha e meio desamparada e acabou ouvindo um chororô chatão. A minha sorte é que esta querida sempre sabe o que dizer e entre milhões de palavras bacanas me deu umas ótimas dicas sobre como aprender a apreciar nossos momentos de “solidão”.

Aproveitando uma dessas dicas dei ontem o primeiro passo para a minha nova vida. Mais do que a separação, a mudança de casa, a nova rotina e rever os amigos, ir ao cinema – SOZINHA – foi algo que me surpreendeu significativamente.

Tive um dia corridinho que começou cedo com passeio das dogas, por quê agora que o apartamento é menor, elas precisam sair todos os dias. Estamos conhecendo a região, dando voltinhas em lugares diferentes, indo ao banco – sim, elas vão comigo e entram no caixa =) – e fazendo amizades. Bom, a Kalua quer morder todo mundo, mas tomando o floral já está bem menos stressada na rua.  Depois do passeio elas ficam menos agitadas e eu posso trabalhar mais tranqüila.

Outro fato que deixou meu dia um pouco mais atrapalhado foi que quinta à noite recebi uma ligação da Kely dizendo que a afilhada do meu irmão resolveu que não queria mais esperar na barriga da mamãe e nasceria no dia seguinte às 16h. Então o trabalho com as lembrancinhas de nascimento e enfeite de porta que eu entregaria semana que vem teve que ser adiantado. Aí fui lá na maternidade, que fica perto do metrô Paraíso e na volta dei um pulo no Center 3 pra conferir o que estava em cartaz no cinema, meio sem ânimo pra botar em prática a sugestão da Michele.
Queria assistir “A Origem”, super bem comentado e recomendado, mas quando vi o recém estreado “Par Perfeito”  - em inglês, "Killers" - não resisti e decidi que queria dar risada. Foi a escolha exata! O filme é uma comédia romântica daquelas que agrada às meninas por causa do casal delícia Asthon Kutcher e Katherine Heigl e aos meninos pelas cenas de perseguição e tiroteios, à lá “Sr. e Sra. Smith”, sabe? ADOREI. O elenco conta ainda com Tom Selleck, o "Magnum", mas que eu sempre lembro como o namorado oculista da Mônica, de "Friends".

O melhor de tudo é que descobri que como cliente Itaú (olha o merchan) pago meia entrada ao usar o cartão de crédito ou débito e a entrada me custa só R$ 10,00. Ói que tudo!!! O desconto até compensa o fato de eu pagar o preço de 3 litros de coca-cola em apenas 500ml, mas ta valendo!

Quanto à experiência de ir ao cinema sozinha, achei ótimo! Me diverti, fui ao cinema, que há tempos não ia, dei uma volta, vi gente e sequer pensei que aquilo poderia ser melhor se eu tivesse uma companhia. Isso não significa que eu não queira mais amigos nessa vida, não me entenda mal, AMO todos vocês, meus queridos; mas quer dizer que eu não preciso deixar de fazer as coisas que estou à fim por não ter quem me acompanhe.

Só de ir ao cinema e dar uma volta no shopping pude perceber quanta gente se diverte, faz refeições, toma café ou só vai dar um passeio não sozinha, mas na companhia de si mesmo.

Antes de começar o filme, já dentro da sala escura mandei uma mensagem pra dinda dizendo que estava orgulhosíssima de mim mesma. E de fato estou. Nunca havia feito isso e sempre me limitei ao fato de ter alguém pra me levar, me acompanhar, estar do meu lado e deixei de fazer várias coisas por causa disso. Aos poucos estou percebendo que eu dou conta de mim e que posso, sim, viver bem sozinha, sem estar solitária.

Voltei do shopping à pé, cantarolando e feliz. A noite estava quente, mas com um ventinho delícia que fez a caminhada de 30 minutinhos – e na descida - ficar bem confortável.

Hoje pude comprovar a máxima de que nossa felicidade depende apenas de nós mesmos e decidi que toda sexta-feira tenho que me organizar pra conferir pelo menos uma das estréias da semana... Quem quiser vir comigo na próxima é só ligar ;)

18 agosto, 2010

Geléia de Morango

Estou ha quase dois meses enfiada na casa da minha mãe e acho que esta será a última semana, se Deus quiser. Aí ontem ela disse que estava com uma super vontade de comer geléia e eu, com super vontade de botar a barriga no fogão resolvi atender ao pedido dela.

Como hoje é quarta, dia de feira aqui no bairro fui lá buscar morangos fresquinhos e refiz uma receita tirada do meu blog favorito Super Zíper, que não é um site de culinária, mas vez ou outra elas colocam umas diquinhas ótimas com receitinhas fáceis.

Na minha versão, que rendeu dois potes de uns 300ml, eu usei 3 caixas de morangos e 400gr. de açúcar. O resultado foi uma geléia delícia, azedinha, com gosto de final de inverno pra comer na torradinha no café da manhã ou quando der na telha, tipo AGORA!

Hummmmm!

Dei uma decoradinha vapt-vupt num dos potinhos com retalhos e fita só pra fazer um charminho e ficar com cara de presentinho, que aliás, minha mãe adora.

Ontem fiz um porta-tesouras como peça piloto e dei a ela, meio sem compromisso, e ela AMOU! hehehe... Pobre se diverte com super pouco! hahaha


05 agosto, 2010

Sobre como morar sozinho deve ser perigoso

Estou ha algumas semanas ajeitando a casa nova pra, finalmente, deixar de mala e cuia e cachorras a casa da minha mãe rumo a esta nova empreitada na vida.

Como se não bastasse o medão de não dar conta sozinha de uma casa, afinal, nunca fiz isso antes, agora passei a temer pela minha vida... e de quebra a das doguinhas que estão única e exclusivamente sob minha responsabilidade.

Que eu sou uma atrapalhada não é segredo pra ninguém, mas ontem eu pude comprovar que isso ainda vai me causar problemas quando, ao descer de uma escadinha de três degraus, torci o ternozelo. Doeu, inchou um pouco, mas nada que não tenha acontecido antes não fosse o fato de eu me lembrar que tinha que voltar para a casa da minha mãe - de metrô.

O caminho consiste em pegar todas as linhas de metrô de São Paulo, chegar a um terminal urbano e pegar um ônibus rumo à São Caetano, onde estou passando as noites. Ou seja, com o pé doendo ia ficar um tanto complicada esta tarefa, mesmo depois da compressa de gelo.

Foi aí que me lembrei das palavras queridas dos amigos e parentes: "se precisar LIGA!" êba... alguém me salvaria naquele momento. Consegui pensar em 6 pessoas que poderiam me ajudar. Meu pai estava sem os carros, meu irmão estava longe e indo para a faculdade, ambos meus afilhados estavam sem carro, uma das amigas eu, cabeçuda, não tinha o telefone em mãos e a última pessoa que eu liguei retornaria minha ligação assim que acabasse um compromisso e estou esperando o retorno ATÉ AGOOORA.

Pensei: "Ferrou. Como eu vou pra casa agora?" Me ocorreu pegar um táxi, mas na hora do rush gastaria uma fortuna e corria o risco de ouvir Luan Santana no rádio do cara, então descartei. 

Depois de dois ou três minutos de reflexão e o pé completamente gelado por causa da compressa resolvi que precisava me virar sozinha porque era assim que tinha que ser daqui por diante: cacei um blister de Dorflex na bolsa e tomei não um, mas TRÊS deles pra garantir que a dor não me incomodasse. Passei na farmácia e ainda comprei um antiinflamatório pra completar o coquetel e voltei pra São Caetano sem dor. Bêbada, mas sem dor.

Com isso comcluí que se eu estivesse morrendo, não conseguiria avisar ninguém e quem é que me salvaria =S... Essa história de cuidar do jardim tá ótima, mas preciso ficar longe das ferramentas pontiagudas.

Hoje inventei de ir pegar umas coisas na casa da Tabata (aliás, amei o esmalte que ela me deu e os carimbos pra unha que me emprestou, depois posto fotinho) e como ela mora no segundo andar, subi de escadas. O resultado é que o tornozelo voltou a dizer que tem algo errado com ele =S.

Vou alí me viciar em analgésicos e volto mais tarde!!!

04 agosto, 2010

Planeta Lilás

"E o espaço que era preto
de repente ficou todo colorido em seu painel.
E o bichinho exclamava: Eu sabia!
Eu sabia que outras cores haveria
além do roxo e do violeta do meu planeta lilás!"
Ziraldo - O Planeta Lilás

* * * *
Porque eu queria ser como o bichinho que vivia no Planeta Lilás, e saiu por aí com sua nave espacial em busca de outra cor que não fosse o roxo, e outros universos que não fossem escuros e sombrios.

Alguém aí quer me ajudar a construir uma espaçonave?!

* * * *
Este texto tem mais de 6 anos e foi postado inicialmente num finado blog, mas expressa bem um pouco do que estou sentindo!

O livro citado nasceu em 1979, portanto tem hoje a minha idade. Era o meu preferido ever... e continua ainda bem atual pra mim.

Adoro Ziraldo!

03 agosto, 2010

... cuidando do meu jardim

Preciso começar este post me redimindo, porque não consegui fotos com todo mundo a quem cito, então tive que caçar imagens nos Orkuts da vida, viu?

Os dias andaram meio difíceis: mudança, separação, trabalho meio estagnado, voltar pra casa da mãe, sair da casa da mãe, chororô, lembranças e outras mil coisas me deixaram meio ausente do mundo. Não queria ver nem estar com ninguém. Inclusive deixei de lado festinha de aniversário e tudo.

Porém no último final de semana resolvi que precisaver rever pessoas queridas que ha algum tempo não encontrava e mandei um email.

No domingão, então, o meu único de folga no mês saí à tarde pra tomar um suco com a Erika e à noite fui com o Le, a Meire e o casal Carolsixas a um restaurante mexicano delícia lá em Pinheiros.

Nada demais, tudo na mesma, mas se eu soubesse que estar perto de pessoas queridas e que lhe querem bem fosse me fazer tão bem eu teria enchido meu carro com amigos ao invés de caixas e me mudado de casa mais feliz.

Há coisas que somente o tempo pode curar, mas sentir o abraço quentinho dos amigos ao dizer oi e tchau não tem preço... mesmo! E dar risadas, contar hitórias (mesmo que elas sejam velhas e todo mundo já tenha ouvido), falar do trabalho, compartilhar o dia... tudo isso me fez um bem danado e voltei pra casa renovada e feliz, com planos de milhões de coisas novas na vida.

Então, por isso, pelo simples fato de me ouvirem, de me abraçarem e de darem risada comigo eu quero deixar registrado publicamente que vocês, queridos, são mega importantes na minha vida (e não é de agora, óbvio, mas isso ficou muito forte pra mim esta semana). Não posso ainda deixar de agradecer minha dinda, minha irmã, minha querida Tabata que mesmo passando por problemas foi lá chorar comigo quando eu precisei, e junto com o maridão Marcelo me ajudou a carregar caixas e móveis e me deram o ombro a cada dia que resolvi passar na casa deles. Daqui por diante, amiga, no more tears, I swear!!!

Óbvio que eles não são os únicos nesta empreitada. Há ainda muita gente dando força, falando palavras legais e oferecendo o coração, mas este domingo foi especial porque foi o primeiro em que resolvi sair de casa sem ser para trabalhar depois que tudo aconteceu, e por isso tudo teve um ar muito especial.

Abaixo, umas fotos roubadas e outras um tanto antigas que homenageiam de forma singela esses tão queridos amigos que me deram um up, sendo apenas eles mesmos nesta semana ;)

Meiroca, de cabelos vermelhos e Le, numa foto roubada do Orkut dela
Voltando do Playcenter, láááá em 2004 a Tabata, o Le (que estava dirigindo, by the way), o Marcelo Salcicha e eu
Meus afilhadinhos Marcelo e Tabata no dia do casamento deles
Leandro, Erika e Tabata no dia do casamento do Ademar (aloooong time ago)
E o casal fofo e apaixonadíssimo Carol e Marcelo