04 setembro, 2010

Atropelanda por pensamentos

Sabe aqueles dias em que você é atropelada pelos pensamentos, como se pensasse em várias coisas desconexas e uma não ajuda a outra a ser concluída ou solucionada? Estou assim esta semana. Entre mil coisas pra fazer, outras mil que não consegui fazer e mais umas quinhentas que fiz sem planejar ainda estou com vários projetos e esboços de idéias rondando meus dias.

Além disso tudo, neste exato momento, digitando estas palavras posso colocar no bolo de pensamentos a má decisão que tomei ao pintar as unhas de uma cor péssima para meu tom de pele e isso está me incomodando, já que não consigo desviar totalmente a atenção da ponta dos dedos que dançam à minha frente como pequenos pontos de cor pálida e impossível de descrever.

Tendo dito isto percebam como meu final de dia, do final da semana está meio atrapalhado e confuso. Sinal de que preciso botar as idéias no lugar e a melhor forma que consigo pensar é escrever.

Me divirto comigo mesma quando uso os verbos conjugados no plural: percebam, vejam, sabem etc, imaginando que um mundo de gente se perde por aqui e lêem sobre meu cotidiano um tanto comum. Tenho dois seguidores e um deles é minha dinda, a qual me deixou um recado lindo esses dias onde dizia que ela não é a metade daquilo que eu sou, referindo-se à minha forma de encarar as mudanças e me recuperar de algumas rasteiras voltando ao meu humor de costume. Logo ela, a quem eu sempre admirei como pessoa e profissional e quem eu queria ser metade do que ela é. Chorei, claro. E o fiz sentada numa das poltronas do Starbucks tomando um copo gigante de frapuccino de caramelo com base de café, por favor.

Estava lá testando meu novo aparelho celular com Wi-fi, que eu escolhi sozinha, sem ajuda de marido geek que adora tecnologia e sempre me guiava nessas coisas que eu não dou tanta importância. Para muita gente pode parecer uma besteira imensa, mas para mim representa mais um passo para a nova vida. Saber o que eu quero e preciso e ir lá escolher sozinha o melhor custo-benefício por isso é pra mim mais uma prova de que “Yes, I can”.

De volta ao recado, chorei! Logo com o recado da dinda, a quem eu prometi neste mesmo mal traçado blog “no more tears”. Mas não foi de tristeza, e sim de alegria, por saber que mesmo estando há quilômetros de distância ela se preocupa, zela, torce e ainda acredita em todo o meu potencial seja ele profissional ou pessoal (quanta palavra com “al”). É uma super injeção de auto-estima ter alguém como ela ao meu lado sempre, mesmo quando eu faço coisas erradas. Em minha defesa, quem não faz???

Uma das coisas que aflige minha semana é um sonho, um projeto. Vou chamar de meta. É algo que me incomoda – no sentido bom da palavra – há bastante tempo, mais do que eu consiga me lembrar agora. Algumas vezes estive perto de dar alguns passos em direção à concretização desta, mas recuei com medo ou por não achar que o momento era certo. Não cabe aqui descrevê-la, mesmo porque é ainda uma idéia muito vaga, mesmo que perdure há tempos, mas ela vem martelando meus pensamentos me fazendo questionar se está na hora de tirá-la do rascunho rumo à prática.

Esta semana também voltei a pensar no que fazer nas férias. Aqueles míseros 15 dias que tiro uma vez ao ano pra não fazer e não pensar em nada. Nos dois últimos anos fui para Florianópolis, o meu lugar no mundo. Sempre que penso num lugar feliz, onde eu quero passar o resto da vida é esta ilha que me vem à mente. Me imagino morando numa vila de pescadores – Santo Antônio de Lisboa, para ser exata – com roupas leves e esvoaçantes, dona de uma loja de colorido peculiar que atenda a turistas e pessoas locais que buscam presentes criativos e objetos exclusivos para suas casas. Um lugar leve, de entardecer cor de laranja à beira mar, com ruelas de pedra onde eu possa passear com meus dogs e tomar um drink gelado num borzinho charmoso ao anoitecer. 
Entardecer em Ponta das Canas
É uma idéia totalmente romântica e que embora não diga muito sobre a pessoa que eu sou hoje, acho que combina muito com a pessoa que eu quero ser daqui um tempo. Não hoje, não agora, mas um dia com certeza.

Já que Florianópolis é meu lugar no mundo e devido ao fato de eu ter hospedagem gratuita por lá estou considerando voltar, mesmo que seja o terceiro ano consecutivo. O que me preocupa é o fato de eu não ter companhia para ir e ficar. Não quero ir com minha tia e meus primos pequenos. Minha idéia de férias é mais tranqüila que isso. Não quero ir com meu irmão para não queimar o filme dele, que é gatinho e atrai muitas gatinhas ao redor também. E ainda não encontrei ninguém com a mesma disponibilidade de datas que eu para enfrentar algumas horas de viagem e se enterrar na areia comigo.

Porém, contudo e entretanto quero muito viajar. Eu começo a planejar minhas férias seguintes logo assim que acabam as atuais tamanha é minha vontade de fugir do mundo. Para este ano a idéia era sair em um cruzeiro que passaria por Búzios, mas este plano foi por água abaixo já há algum tempo, então pensando que faltam só alguns meses para o final do ano e daqui por diante eu trabalho feito uma maluca para manter as vendas de Natal, tenho que ser rápida e decidir o que fazer logo, antes que as passagens e pacotes fiquem carésimos e eu tenha que passar as festas por aqui mesmo, no que promete ser o mais deprimente ano novo de toda a minha vida.

Digo isso porque ano novo é época de balanço para mim e devido ao ano tumultuado o balanço vai ficar meio pendente pro lado ruim, o que não é de todo mal, visto que as conquistas posteriores aos acontecimentos ruins são bem pesadas nesta balança. Mesmo assim não queria ficar em casa.

Acho que vou precisar de mais algumas semanas pensando sobre isso até me decidir =S... Any ideas???

E para finalizar a semana com chave de “ouro” o faço com um pequeno pesar: quebrei hoje minha primeira louça da casa =(. Como se não bastasse a perda de parte de um joguinho lindo de xícaras ela fazia parte do jogo de jantar LINDO que ganhei quando me casei e que cuido com o maior carinho desde então. Mas ainda assim estou orgulhosa de mim, primeiro porque demorei CINCO anos de manuseio e uso para quebrar uma única peça do jogo e segundo porque só o fiz depois de UMA semana morando na casa nova, o que é um certo recorde pra mim.

Aqui uma imagem da minha ex-xícara linda em um de seus dias de glória, servindo de modelo para alguma produção tosca que faço com minhas comidinhas de vez em quando!


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